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 | Poesias-->SEM  MEDO -- 16/07/2002 - 23:39 (Lílian Maial) |  |  |  |  |  |
 | Sem  Medo 
 
 
 
 
 
 
 Ah, meu amado,
 
 deita aqui no colo meu,
 
 deixa que te alise a fronte
 
 e afaste qualquer nuvem de dúvida.
 
 
 
 Vem, querido,
 
 olha nos meus olhos
 
 e perde todo o medo,
 
 pois que sempre fui tua
 
 e tu também me reconheceste.
 
 
 
 Acalma teu coração
 
 e te entrega ao destino,
 
 que fomos separados em outra dimensão,
 
 e agora que nos reencontramos,
 
 voltamos à unidade.
 
 
 
 Caminha ao meu lado, amado,
 
 que o inverno é um simples renovar da natureza
 
 e nossos brotos já despontam nos galhos,
 
 sedentos de primavera.
 
 
 
 Vem florescer meu coração
 
 e plantar tua semente em meu ventre.
 
 Vem germinar em meus braços,
 
 que meus abraços andavam ocos sem teu amor.
 
 
 
 Afasta o susto que te amedronta,
 
 pois que o amor não tem defesas à indiferença,
 
 e aí é que mais machuca e corrói.
 
 
 
 Não, o amor é vida, é poesia,
 
 é encontro e é tanta entrega,
 
 que mais brota sorriso
 
 no peito que o esperou.
 
 
 
 Então me beija e me possue inteira,
 
 me toma, me leva, me soma,
 
 mas não recua, segue meus passos
 
 [que já percorreste]
 
 e busca em meu gozo tuas respostas,
 
 cujas perguntas sempre tiveram meu nome.
 
 
 
 Grita bem alto o teu desejo de morte,
 
 a morte doce e anestesiada
 
 do único prazer que te dou,
 
 de ser meu dono e escravo,
 
 de ser meu bruxo enfeitiçado,
 
 de ser meu amor, meu amado,
 
 o último ponto de equilíbrio
 
 na existência de nós dois.
 
 
 
 
 
 Lílian Maial
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