Diz-me agora o que tu sonhas,
Se podes me dizer,
Se é por um mar de almas
Ou pelo só morrer
Diz-me que estou aqui calado
Por querer ouvir.
O que tens, que tão frustrado,
Não se faz mais sorrir
Mesmo que, pobre, eu não tenha
O mundo para ti
Diz-me que te ajudo, sem a
Mentira daqui.
Sou puro, e só quero o motivo
Das lágrimas tuas,
Pra ajudar-te como amigo
Em palavras cruas
Sem que te enroles, queira
Confiar em mim
Em troca de mim terás
Amizade sem fim
Portanto, diz-me que há agora
O que tu tens afinal
Antes que chegue, morte, a hora!
Solidão terminal. |