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Poesias-->Da primeira vez que cerrei os olhos -- 09/07/2002 - 11:40 (Darques Lunelli) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Da primeira vez em que cerrei os olhos

até o ponto em que se ouviu o crepitar do fogo

o tempo consumido construiu uma vida,

derramou-se o vinho pelo caminho

e da surda vontade cresceu,

como um câncer translúcido,

o ímpeto de extinguir gestos ocos e frágeis.



As crianças não brincam na varanda

e Lydia tem o pai nos braços,

o velho marinheiro que conquistou a paz

e o amor de uma puta do cais.

Johan terá entre os olhos o mastro

desnudo da cisma e o ventre inchado.;

Gales terá, ainda, a cor de outrora

e crescerão nas pedras os musgos,

como então.



Somente os olhos, inalterados, e a dor,

duplicada pela outra vida,

a indecisão e o atraso

darão conta do que foi, do que ainda será.



Meu peito, abrigo da incerteza,

se encherá com o ar da casa e os dedos,

inábeis, riscarão no ar o testamento

impreciso Andarilho.



Não será o vazio aparente dos dias

nem os resquícios de venenos antigos

que farão desequilibrar a balança,

indicando, agora, o retorno.;



florescerão as rosas e do milharal

virá o som das asas dos pássaros.







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