Este sacrifício tão nobre e altruísta
de dedicar-se a uma causa já perdida
te eleva, aos meus olhos, te sublima
te vejo como o anjo que desce a neblina.
A terra já foi viva, hoje é um cemitério
onde não mais nenhuma alma viva
cadáveres caminham pelo pântano etéreo
das cruzes cravadas em pedra fria.
"Meu anjo", te pergunto, "o que ainda procuras?"
"Nesta terra infestada por tantas pragas
a mais maldita, a mais perigosa, chamada homem."
"Me chamo", diz ela, "Misericórdia!"
"E busco reviver almas já mortas
Veja! A carne volta aos teus ossos!"
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