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Poesias-->Soneto Deste Mundo -- 04/07/2002 - 00:25 (Ronald Luis da Cruz Jung) |
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SONETO DESTE MUNDO
Era um ninho de ratos no meio da ratoeira,
Um só mundo insano, impensado, triste, imundo,
Ao qual fui lançado, e desde o meu nascer afundo,
Como chumbo! O não-vinho ébrio da morta videira.
Um enlace de podres, desejos, almas mas sem almas,
Corpos só servindo de corpos, nus, sem fim, sem nada, só dor,
Só tristezas, não se tem coragem, poesia, amor,
A vida como busca de bens, de corpos nus nas camas.
Era um ninho criado para nos criarmos como:
Humanos, felizes, capitalistas, famigerados,
Incapazes de reerguer-se quando ao chão jogados.
Entrei num ninho de concreto, aço, bombas... pântano!
E não, não vejo, maldita sentença, outra saída,
Só vejo a morte (sorte!?), o tchau, o fim desta vida.
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