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Poesias-->De Tantas Esperas -- 16/06/2002 - 18:14 (Fernanda Guimarães) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
De Tantas Esperas



De assim na tua retina

Suster o meu reflexo

Quando em mim não estou

E despida em teus olhos

Sou silêncio, descoberta e estranheza

É que sempre espelham-se em ti

Os gestos desmedidos de amor

Deixados pelo eco das minhas mãos



Em tuas demoras de mim

Habitam-me olhares de esperas

E há em minhas pálpebras acenos

Que anseiam por tuas vindas

Um amor subitamente imperativo

Desconhecedor dos teus tantos hiatos

Emoções que não se permitem emudecer

Entre as adagas das tuas tantas reticências

Que vezes retalham o fio do meu peito.



© Fernanda Guimarães

Em 16.06.02





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