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Poesias-->O Dia -- 12/06/2002 - 13:40 (Lucas Tenório) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Que as palavras me sepultem

quando morrer, e me consagrem

a um poema fúnebre em que a cova

seja um palácio e o epitáfio

um Soneto Alexandrino.



Quando menino pensava

na escuridão e tinha medo

do profundo escuro.



Sentado ao muro assistia

à correria atrás da bola,

redonda, redonda,

como os olhos deste mundo.



E a catar vivia

gafanhotos e peixinhos

em quase-esgotos de outras ruas,

e a comer doces pitombas.



À noite, a lua vertia seu véu

e sombra sobre o descanso

de uma tarde de alarde

e vozerio.



E assim de preto em desalinho

me vestia,

e então dormia, dormia...

E sonhava com a minha vida!



A vida em excertos.

Uma vida em pequenos versos

inacabados, em idades que

nunca tive.



Na penumbra acordava

com os olhos arregalados

diante de um futuro de um tempo

inexistente.



Uma estrada florida,

ao sol,

fazia da minha infância o

jardim eterno e o

canteiro do verbo

felicidade.



Eis enfim a idade

que realmente tive.



Eis a cidade que quis

e onde sempre estive.



E eis o dia em que

eternamente eu fui

feliz.

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