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Poesias-->Dias de Criança -- 11/06/2002 - 15:21 (Lucas Tenório) |
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A criança olha a pipa no ar
e em seu coração palpita
o descompromisso.
Ela não corre o risco
da paranóia cotidiana
e seu emblema é o sorriso no
rosto.
Ah!... Quando criança
não havia o desgosto que
hoje carrego como pesado
fardo.
Enamorado pela professora,
sonhando com os heróis
fictícios, vivia num universo
de ternura e alheamento
aos pensamentos que hoje
me consomem.
Cresci... Sou um homem
e me pergunto:
por que cresci?...
Cresceu em mim
a dúvida que antes
não existia.
A herança do medo,
o legado da
filosofia.
Cresceu a agudeza do
instinto, a tirania,
a hegemonia do instinto
adulto.
Instinto cruél e desumano
insulto.
Pela disputa,
pela competição,
pela luta.
pela superação do
adversário.
Onde está, aonde foi
meu imaginário de
esperança?
De luto meu coração
chora os queridos dias
de criança.
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