LEGENDAS |
(
* )-
Texto com Registro de Direito Autoral ) |
(
! )-
Texto com Comentários |
| |
|
Poesias-->A Rosa -- 30/05/2002 - 22:01 (Mylle Silva) |
|
|
| |
A Rosa
Mylle Silva
Quando é brando o dia
Quando é branda a aurora
O sopro que lhe acalenta
Chega e vai embora
Desperta com o susto
Da luz a lhe tocar a face
Envolve-se com o calor
Como se ele nunca lhe tocasse
O sol vai alto
O dia continua em desalinho
A Rosa, como todos mais
Continua seu caminho
Um susto a acomete
A flor que se sentia segura
Agora se vê
Enterrada numa sepultura!
Vê nuvens negras no céu
Vê seu fim chegar
Vê tudo com custo construído
Simplesmente se acabar
Tempestades terríveis
Trazidas pelo vento
Vêm a seu favor
Ou ao seu descontento?
Sua vontade é só uma
Não se deixaria abater
Seu único desejo agora
Era continuar a viver!
Tudo vai passando
Vai voltando a calmaria
Depois de toda a tempestade
Depois de toda ventania
Algumas pétalas machucadas
Outras até se perderam
Mas a Rosa preocupa-se agora
Com as que sobreviveram
Nota que novas folhas crescem
Para lhe acompanhar
Tão novas e verdes
No dia que ia a continuar
O céu vai se abrindo
A flor com o crepúsculo é brindada
E passa a admirar a atração
Como se não tivesse havido nada
E tão logo anoitece
A fria brisa lhe acalma o coração
Pensa em toda tempestade ocorrida
Busca para aquilo uma razão
Olha o céu de estrelas
E de tão cheia rainha
Vê que naquele mundo de brilhos
Continua sozinha
Sente-se triste por ter perdido
Parte de si
Naquela inesperada tempestade
Ocorrida ali
Mas depois de muito lamentar
Conseguiu compreender
Que sem aquelas gotas d’água
Não poderia sobreviver
Morreria de sede
Se ficasse sem essa água
E agora a Rosa
Esquece toda a mágoa
Passa a olhar as estrelas
Que ali estavam
Porque sabia que elas
A acompanhavam
A Rosa deleita-se com o prazer
E a poesia
Do raiar
De um novo dia
Quando é brando o dia
Quando é branda a aurora
O sopro que lhe acalenta
Chega e vai embora
|
|