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| Poesias-->Parte da Pedra -- 29/05/2002 - 13:56 (José Ernesto Kappel) |
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Sou parte da pedra,
que arga o desespero,
que dá início aos perenes
e ocasiona os falentes.
Formo a angústia do tempo.
Torno a vida escassa
e volátil.
Sem horas prá medir!
Sou pária dos bruxos,
e acalento das ausências.
Sou texto familiar,
endiabro o gótico,
e faço das palavras
palha dos mendigos,
amenizo a dor alheia com
uma pávida sílaba
toda ocasional.
Meu caminho é empedrado de
chegadas, é está na
rota de colisão
entre o medo e a falência
dos bruxos do meio-dia.
Sou regente da
casa das senhoras,
dizeres agora,
passageiras de colchões furados p
pelo tempo que flutua entre
a moeda e a dor.
Senhor de
todas as abadessas.
Mas, ausente, quando se fala em
donas do prazer
insuportável.
Sou plantonista das filas
dos sem fins,
dos sem causa,
e sem sombra.
Sou maestro
sem casaca,
dos harpões mágicos
e das flautas silenciosas,
que só para os mordonos
entoam cânticos de estrelas.
Sou passagem da moradas
das avelãs,
das coisas que
falam de hortelã.
Quando de pé,tropeiro, só levanto pó
no rastro dos balaústres da guerra.
À você fica o abraço de querida:
quando da próxima vez nos ver:
trás um pouco de cura,
e um formidável de esperança
e acalanto prá aquele tempo
voltar.
Que me fazia sempre um pedaço de
gente.
Uma coisa viva à procura
daquele amor que nunca morreu, por se deixar,
mas se foi, porque o dono do tempo é,às vezes, tão impiedoso e cáustico
igual ao maior furor
de qualquer espinho!
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