Ora pulando, fazendo caracóis em formas diversas
Passavam por minhas pernas e forçavam
Minha silhueta era uma barreira, um empecilho
Seguia assim sua jornada, seu destino...
Quando em minhas coxas ao sol
Era como lágrimas a rolar no rosto
No trajeto em marcha, poucas paradas
Constituía-se visão eufórica, vida nova
Delirante sentir o sol, o vento, respirar fundo
Você mesma eras assim, chama viva...
Impulsiva, excitava a natureza.
Seduzias as pedras, fazias balbúrdia...
A tua voz era como o sussurro de todas as dores
Ressoando em nós, despertando lado humanitário
Outras vezes, assumias a peraltices das crianças
Agitando-se, soltam-se, pulam e gritam.
Por um momento namoravas a luz do sol
Juntas, em chuva de cores, encantava os olhos
Teu destino estava traçado por mãos divinas
Não pude te imaginar esperando o inesperado...
Por fim me enamorei!
Almejei dar as caras todas às manhãs de sol
Para aprender a andar por teus caminhos
Revelar em vida, o que o tempo não ensinou...
VALMIR FLOR ** VALFLORPAZ
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