Atormentam meus passos insones
Mesmo nas mais negras madrugadas.
Branqueiam meus cabelos, que somem,
Caindo pelos ombros às horas passadas.
Produzem pesadelos e as rugas me enfeitam
Quando permeiam minha mente delirante.
Não se desfazem em poeira, mas aumentam
Com cada tic-tac, preguiçosos como nunca antes.
E quando um desaparece, Aleluia!
Alegro-me por instantes, mas não dura...
Desaparece uma, mas outras vinte me acorrentam.
Que fazer dos meus dias? E dos meus cabelos?
Seria melhor fechar os olhos e não vê-los...
Ó dúvidas cruéis, que dia-a-dia me atormentam. |