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 | Poesias-->PENÉLOPE -- 18/05/2002 - 22:52 (João Ferreira)  | 
	
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  PENÉLOPE
 
 
  Jan Muá
  18 de maio de 2002
 
 
 
 
 
 
  Nestes mares há escarpas nautas e solidões 
  Há sombras fiéis de Penélope e barcos
  E roteiros de saudades voltadas para a figura heróica
  De Ulisses navegador
  Há  memória de presenças a ressuscitar
  Esquinas e salas de sentidos a rememorar
  Cheiros de promessas  afloradas 
  E presas nas dobras da ternura
  Há registrada e arquivada para sempre
  A resistente fidelidade traçada no chão
  Nas paredes e no teto dos tecidos lunares
  Há sinais de tuas mãos  que puxam histórias
  E relatos de amores vividos e escondidos
  Em alto mar nas curvas das tempestades 
  E na trajetória geométrica de ventos insanos
  Há proximidade na intimidade dos caminhos
  Sem tempo e sem espera a retardar os encontros
  Há Penélope guardando a alvorada
  Do sorriso de Ulisses transplantado do Egeu
  Para as brancas praias do Atlântico Sul
  Há você que é sempre Primavera 
  Nos tempos do indômito coração.
 
 
 
 
  Brasília, 18 de maio de 2002
  Jan Muá
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