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Poesias-->Teu Tempo -- 06/05/2002 - 19:33 (Fernanda Guimarães) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Teu Tempo



Nenhuma estrada te levou ao nada.

Nunca existirão horizontes perdidos

Por detrás dos braços azuis do infinito.

Sempre houve olhares a te acariciar,

Ligando pontes no desabitado do teu peito,

Embora te enredasses em labirintos

Tecendo os fios de tuas pegadas

Em cenários de giz e areia.

Enquanto ensaiavas teus passos,

Deixando-te marcar pelo falso brilho

Que te parecia prenúncio de vida,

Alguém te sussurrava acalantos

Porque era do caminho do coração

Que se alimentavam os teus passos,

Mesmo que assim não soubesses.

Não existiram atalhos solitários

Nem tampouco distâncias encurtadas.

Percorreste, o que te era devido

No alcançável dos teus olhos apressados.

Houve a todo momento uma voz a te amparar

Soprando-te silêncios alvissareiros

Como a esperar que em tuas rotas

Pudesses te aperceber da imensidão do amor.



Os detalhes que ficaram à margem dos teus dias

Abraçaram os teus descuidos e indiferenças.

Sabiam-te nesta corrida desenfreada

Buscando o que de ti mesmo ocultavas.

Assim, as cores que não foram sentidas

Deixaram-se a adornar os sonhos que terias

Os aromas que não viste guardaram-se

Entre as folhas que perfumarias com versos.

Entendiam que despertarias, em um instante qualquer

Vendo-te refletido no espelho de outros olhos.



Foi este tempo que dizes por ti ignorado,

Quando te distraías com tuas certezas

Que te fez poder acarinhar a pedra da dúvida.

Era preciso que te encontrasses com a solidão

E que te mirasses em tuas cansadas paralelas

Quando apenas te ofertavas a ti mesmo,

Deixando outras mãos insones a te ansiar.

E mesmo, quando te muralhaste

Ocultando-te nas letras do silêncio

Achando-te abrigado em teus desertos

Ainda escutava-se no além de ti,

A memória florida de teus sonhos

A vicejar amor nos teus jardins escondidos.



© Fernanda Guimarães

Em 06.05.02





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