Há tempos, o sol não brilhava
o dia rezava por canções de amor.
Tinha-nos sonhos, congelados pela geada,
(que cobre toda a extensão do trovador).
Hoje o sol já brilha
nos olhos da garota bronzeada
pelo sol da noite
pelos sonhos na penteadeira.
Há tempos, o frio não volta
mais a geada deixou a marca
no brilho do sorriso.
Há tempos, penso na garota bronseada
e no peito do trovador.
Gosto de pensar que la sera minha namorada,
mas a geado ainda persisti em ficar
e o dia continua a rezar
por canções de amor.
livro: Rua Viana do Castelo |