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Poesias-->Abstinência de cor -- 19/05/2000 - 02:23 (Maite Schneider) |
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Abstinência de cor
Branca, pode ser...
Pois muitas vezes não a enxergamos.
Preta, também pode...
pois o luto não encobre a tristeza que ela traz.
Quem sabe verde,
para os que acreditam na esperança
de que algo as espera mesmo depois de partirem.
Amarelo, pode ser,
da cor do ouro e do tesouro disputado pelos entes queridos e tão amados.
Sanguesugas do que acham que sobrou de mim.
Vermelho é que não pode ser...
Pois vermelho é sangue quente
que carrega a vida fria que em meu corpo habitou.
Vermelho é que não pode ser...
pois vermelho é sangue frio
que endurece meu corpo,
carregando a vida quente
para o novo corpo que ainda não tenho.
Vermelho é a vida que escorre,
depois de briga de bar,
depois de tiro nas costas,
depois que a vida me mata,
e não tenho mais tempo de voltar.
© Maite Schneider
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