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 | Poesias-->DISSERTAÇÃO SOBRE O POEMA II -- 17/04/2002 - 21:03 (Phylos)  | 
	
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  Eu não olho o poema
  como uma mulher grávida.
  Antes, como um rastro
  de água (mineral).
 
 
  Antes, como um longo
  encismado de pedras
  entulhos, águas-vivas.
 
 
  Antes, como uma serpente
  pintada de sol e fogo.
  Como um grito redondo
  ou um fixo olhar de logro.
 
 
  Eu não vejo o poema
  como germinado sob
  a água do rio, da ilha
  além do rio, da escultura.
 
 
  Construção de forma só
  exegese e gênese total
  que se serve de olhos
  e bocas para vencer o mal.
 
 
  Vida e sopro, brisa e pús
  de vida, chaga de vida, vida
  dimensão e luz cruel de vida
  pasto, vida, força, vida.
 
 
  Eu não olho o poema.
  Antes, como o poema
  depuro o poema
  agrido o poema.
 
 
 
 
  15.04.86  |  
 
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