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| Poesias-->AVISO SOBRE O POEMA -- 11/04/2002 - 00:15 (Phylos) |
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É preciso avisar a população que o poema vive.
Temos que decantá-lo sob as janelas boêmias
nas praças e logradouros, nos eremitérios.
O poema é suave como seio de mulher amada
mas não é eterno, antes sutil fumaça.
Gritaremos pelas esquinas e o anunciaremos
como sucedâneo para nossos males modernos.
Será ofertado nos shopping centers da cidade
nos aniversários da classe média, nas boates.
Será multiplicado e alimentará milhões
como se seu corpo fosse o corpo universal
partes minusculas da agua da vida.
03.10.86
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