LEGENDAS |
(
* )-
Texto com Registro de Direito Autoral ) |
(
! )-
Texto com Comentários |
| |
|
Poesias-->NÃO VÁS, MEU AMOR -- 06/04/2002 - 20:33 (João Ferreira) |
|
|
| |
NÃO VÁS, MEU AMOR
Jan Muá
Brasília
6 de abril de 2002
Não vás, meu amor. Fica comigo
Para me ajudares a polir as arestas da minha solidão
Não te afastes para que eu continue a receber
Os afagos ditados pelas palavras de teu coração
Fica comigo e vem me acompanhar
aos cumes das montanhas e aos bosques onde freme nas nascentes a água pura e límpida
que brota dos lençóis freáticos das matas úmidas
refúgio de pássaros multicores e canoros
Fica comigo e abraça o inebriante aroma das brancas flores da laranjeira
E o rastro perfumado da dama da noite que vigia a nossa porta
Olha na beirada do jardim a roxinha cor de saudade da flor de São José
Eu preciso de tua companhia nos longos e imprecisos caminhos áridos
que se abrem a meus pés nas ermas paisagens que desafiam os dias sem apelo
Suporta minha insegurança nas noites silentes
atravessadas pela volúpia da lua cheia que me toca
Te prometo que não serei mais nem a melancólica nem a triste
Não te falarei mais de estragos vagos que a vida fez em mim
Nem te falarei de céus de cara amarrada em meus olhos
Serei tua e pela tua mão deixarei para trás as marcas amargas da solidão
Velarei contigo as promessas do sonho
na encosta da vida a construir com firmeza!
Jan Muá
|
|