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Poesias-->Dueto - Lizete Abrahão e Rick Steindorfer -- 30/03/2002 - 16:31 (Rick Steindorfer) |
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Uma noite mágica
Lizete Abrahão
Gotas de orvalho serenaram sorridentes
Acordando o sonho que te embalava
Num arrepio de pálpebras dormentes
Agitou tua mão que me repousava
E no encontro de forças vertentes
nos sonhos que se acalentava
eterna vida de dois tementes
nas ânsias que a dois sonhava
Da noite, ouvi murmúrios de estrelas
A correrem pra dentro do meu sono
Regendo teus dedos que sem vê-las
Despertavam meu corpo pra seu dono
Em teu sentimento, o meu sorriso
que ao teu corpo solto velava
todo meu ser que embora teso
ao teu ser com ternura vigiava.
Como nuvens sem forma, meu desejo,
Pelo ritmo do condão estelar,
Em volúpias arrastou-se aos teus beijos
Delirante, ergueu-se do meu sonhar...
E na forma das nuvens em teus desejos
adentrando teus sonhos etéreos
me entrego à ternura de teus beijos
ficando de nós mesmos aéreos.
A lua em vigília, como um anjo branco
Recolheu as asas ao leito celestial
Foi ninar o infinito que em ciúme franco
Descobriu-se, querendo amor matinal...
Branco no sentir do luar prateado
o vislumbre dos soluços de amor
como o canto do amor vivenciado
na alegria do sentimento com ardor.
Íamos navegando na cadência das vagas,
Corações ligeiros a correr em orgia
Na embriaguez ardente, espanto de adagas
Despudorados, a ruborizar até a luz do dia
Entre as ondas do amor que rompia
na alegria da vida que se lança
como se fora a vida uma orgia
que a todos, a alegria alcança.
Ah! espalhadas no leito, pétalas trigueiras,
Do jardim voadas num vento sonolento
Foram as flores dormidas que, ligeiras
Despencaram-se pra verem o momento
No momento de eclodir o prazer
na intensidade do verdadeiro sentimento
a ânsia do prazer de te ter
longe de qualquer comedimento.
O teto de agitados pirilampos
Num ir e vir de voluptuosas luzes
Vermelhava arfante sobre os campos
Querendo cobrir-nos com as urzes
E na luz intermitente
dos noturnos pirilampos
nos que somos eternamente
filhos da natureza nos campos
Nossa chama ao redor as cores avivava
Em volúpia pelo ar que em flama difundia
Ouvia-se da boca da noite que vibrava
Um canto de sereia que me consumia
Qual solitárias lamparinas
buscando o infinito noturno do céu
percorrendo entre as campinas
perdidas nos espaços ao léu.
Feitos de carne, seda e veludo etílicos
Vertemos nossos sumos orgásmicos
Embriagaram-se de amor os místicos
No odor dos nossos corpos mágicos
A mágica da vida que palpita
no desejo de ter o teu orgasmo
move o ser que dentro se agita
vivendo todo o seu entusiasmo.
Rickk Steindorfer |
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