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Poesias-->Demência Hepatomegálica -- 18/03/2002 - 05:01 (Narjara de Medeiros) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Eram tantos hepatomas

Tomas, homas, hepatomas

A repugnância do novo corpo que nascia

Jazia posta ávida de outros devaneios

O fígado a realizar as sinapses

Sofregamente, ente

Rente ao coração

E veio a lise, lise, lise

Hepatólise...

Sentia o destruir das áticas, células hep

As estruturas funcionais iam-se pelos jardins

E os jardins não estavam dentro de mim...

Eram a vasta imensidão da loucura sem causa

Lise, lise, lise

Adeus vida dos unis, unicúspide, unicaule, unicursal...

Boçal...

Cele, cele, cele

Hepatocele...

A coisa que crescia incessantemente

Deixava no ar uma saliência amorfa

Eu a moldava, ornava com lavores estrelários

o feijão granadino...

E tudo a evolar-se no vasto plúvio céu

Tite, tite, tite...

Hepatite...

Não mais existia horário, diante um ser

Jecorário

Ário, ário, ário...

Aumentava a coisa, e crescia a letargia

A anestesia...A morfina, outrem dissera

Vai saber a causa das mazelas!!

E tudo se ia, ia, ia, ia

No convés do barco colossal.

Minha víscera glandular volumosa

Já se perdia no mar dos dejetos calômanos

Subjetivos, alheios...Anônimos

Todos iam-se na chuva lasciva da escória metálica

A dançar a não-música dos sinos

Protozoa, metazoa, sarcodíneos...Meninos.

No vão fúnebre da casa madeiral

Eu postado em meu catre

Vi subir pela vasta chaminé sepulcral

Minhas vísceras, uma a uma

Ceras, ceras, ceras

As velas cantam meu desgosto hepatorrenal

E eu a cantarolar minha pós-vida,

Em uma futura Grécia antiga,

Desviscerado, correndo como um hiparca

Na doce floresta da não-vida



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