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| Poesias-->Desse amor que carrego -- 17/03/2002 - 15:45 (Tânia Cristina Barros de Aguiar) |
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Desse amor que carrego
não tenha dúvidas
Por mais que o guarde a sete chaves,
ele está pronto, maduro
Confesso não dá-lo fácil
porque é tão terno, gostoso,
é um amor tão doce, quente
que merece profundidade
Está guardado comigo
e no fundo meu ser
ele baila, contente, novo,
cheio de vida e paixão
Volta e meia dá as caras
e se apresenta a alguém
dá-lhe uns versos novinhos
brinca de quem se esconde
só pra ver quem lhe pretende
e – atrevido como é,
sabendo-se lindo, perfeito,
se vê um passo em falso
se recolhe novamente
É que esse amor não quer sofrer
quer ser feliz, ser contente
quer arrancar dessa vida
suspiros, sorrisos, gozos,
fogueiras, varandas, vinhos.
Esse amor não quer mentiras
quer a pura sinfonia
da mais gostosa paixão
Esse amor já foi tão louco
agora que ser apenas
um recomeço diário
de uma entrega tão grande
que arranque do universo
a eternidade, o instante perfeito,
o encontro de almas
que a si baste
que faisque como um sonho
sonhado depois de tantos caminhos
tantos mares navegados.
Não que o queira eterno
na medida do tempo humano
só o quero verdadeiro
porque sendo divino
será eterno no tempo
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