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 | Poesias-->QUANDO PARTISTE -- 16/03/2002 - 21:55 (Paulo de Goes Andrade) |  |  |  |  |  |
 | QUANDO PARTISTE 
 
 
 
 
 
 
 Era ainda tão cedo, quando partiste,
 
 Que não me dei conta do tempo, das horas,
 
 Nem dos minutos que te levaram em fuga,
 
 Porque tudo era calmo.
 
 A luz brilhava intensamente em teu sorriso.
 
 As tuas palavras de primavera espargiam
 
 O teu perfume de ontem que se tornou
 
 A essência, que agora me alenta
 
 Para me ver na distância da pressa dos teus passos.
 
 Era muito cedo, quando partiste,
 
 Que nem me dei conta das tuas mãos acenando,
 
 Deixando-me marcas da tua saudade.
 
 
 
 Foi tão de repente,
 
 Que não vi anjos, nem arcanjos,
 
 Nem querubins levarem a tua carruagem,
 
 Porque um cometa riscou os meus olhos,
 
 Que vagueiam pelo firmamento
 
 Em busca de uma estrela mais cintilante.
 
 
 
 
 
 (A uma amiga, in memoriam)
 
 
 
 Brasília – 16 / 03 / 2002
 
 
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