Diariamente me deixo agonizar
entre pingos de azul e poesia
entre livros velhos e velhas palavras.
Viva criação de algas, meu mundo
entrecorta estados onde um poeta
lança-se ao mar,
onde abismo são constantes
e os homens, desprezados.
Me deixo agonizar por saber que um minuto
de alivio não vale a constante dor
do poema.
26.06.86 |