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 | Poesias-->Sou Eu, Aquela! -- 26/02/2002 - 08:35 (Lílian Maial) |  |  |  |  |  |
 | Sou aquela tua amada 
 para a qual vertes paixão,
 
 a mesma flor desbotada
 
 que se fecha em botão.
 
 
 
 Sou a musa dos teus sonhos,
 
 a paz de teus pesadelos,
 
 o caminho no bisonho,
 
 o arrepio nos teus pêlos.
 
 
 
 Eu que inspiro teus poemas,
 
 que ocupo teus pensamentos,
 
 que imploro duras penas
 
 aos pecados que incorremos.
 
 
 
 Eu, que amo sem perdão,
 
 esse amor desenganado,
 
 condenado à perdição
 
 de amar com o peito calado.
 
 
 
 Quem serei, enfim, nos versos
 
 que mostraste à revelia?
 
 Serei eu, verbos perversos,
 
 ou sonetos de alegria?
 
 
 
 E se inscreves no meu corpo
 
 rimas simples, sem loucura,
 
 recomponho no teu dorso
 
 toda a métrica e candura.
 
 
 
 Mas se me chegas com gana,
 
 nesse ritmo felino,
 
 não é a mim que me enganas,
 
 mas a ti mesmo, menino.
 
 
 
 Sou aquela que te espera
 
 a cada poema lido,
 
 com um verso de quimera
 
 e o amar do amor vencido.
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