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Poesias-->ALUCINADA -- 26/02/2002 - 06:55 (Lílian Maial) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Paixão, por si só, é insana,

ou, talvez, o único momento lúcido

de uma vida de loucuras.



Portanto declaro guerra

[está na moda]

aos ataráxicos.



Que venha a ataxia!

Ou todas as idiossincrasias,

que hoje estou doente de amor.



E que me chegue a cura

desse mal otológico

de ouvir violinos!



Pinga-me as gotas

lentamente

e ensurdece-me

do mel de teus lábios.



Vejo distorções

de contentamento nas paredes.

Vultos sem rosto.

Apenas corpos

[nus]

em permanente gozo

de estarem juntos.



Ouço vozes

me dizendo o que fazer

quando teus olhos impregnados

me transtornarem

os compassos.

...ssss... ssss... ssss...



Sinto cheiros

[alucinações olfativas]

de tua pele.

Odores de todas as cores

para meu prazer.



E então me aquieto

no canto escuro do quarto,

irritada com essa lucidez,

que me desperta

dos delírios

dessa tal felicidade

indecentemente louca.



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