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Poesias-->Soneto Baixinho -- 04/05/2000 - 13:35 (Magno Antonio Correia de Mello) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos


Impossível escrever um poema

que tenha todo esse teu tamaninho.

A estrada se confunde sem teus passos.

Tua presença era luz onde é espinho.



Sem ti, sou alma penada sem caminho,

sou mar naufragando meu coração.

Nos olhos míopes de solidão,

escorre a ausência do teu rostinho.



Restam braços fartos de tanto fardo,

os lábios cansados de tanto grito,

o peito murcho de desilusão



- longe de ti não sou nada, ou sou em vão.

E num adeus insone e infinito

meus versos se perdem na escuridão.
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