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| Poesias-->sede -- 24/02/2002 - 23:22 (maria da graça ferraz) |
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Sede
mdagraça ferraz
Aquela árvore que cresce
na calçada, luta...
Como eu, ela luta!
Chuta os ventos
Golpeia contra chuvas
Luta! Chuta! Golpeia!
Aquela árvore vive
à beira dos passantes-
vazios e cabisbaixos.;
à beira da rua comprida
de negro asfalto.;
à beira do ar fino
de extrema fúria...
Aquela árvore vive!
É catedral verde
onde vadias rolinhas
como pequenos sinos
trinam e trinam
Ninguém ouve.
Ninguém adivinha
Ninguém interpreta
O semáforo verde
é seta que indica siga
O trânsito agoniza
Todos passam.
Ninguém se liga
Aquela árvore que
cresce na calçada, luta!
Como eu, ela luta!
Luta! Chuta! Golpeia!
" Ainda me queres?"-
ela pergunta
Ninguém responde
Todos se escondem
Aquele árvore que
cresce na calçada,luta!
Como eu, luta!
Luta! Chuta! Golpeia!
Fere-se. Bebe-se a seiva.
Corta-se. De si,alaga-se .
Temos a mesma sede
interminável de água...
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