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Poesias-->A Tempestade -- 23/02/2002 - 18:47 (Carlinhos Pink) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
era tempestade numa tarde de domingo

um pingo que arde majestade fera

numa taça faça o vinho o ninho

o homem amém o deus que era

tempestade já noite o assalto de lua

o cometa e nua ela dorme

o capeta a tua atenta alma forma

e ele teus pecados perdoa

numa boa aparências marcadas

marcados encontros de morte

e o dado rola a carta farta

o jogo quebrado e deu nada

a mola mole molhada da madrugada

e seca a garganta de voz de grito

atrito atroz e feroz do amante atrás

da amante mulher sem vistas sem vestes

gigante dos pêlos molhados

dos dedos descascados

e ligada na corrente elétrica anormal

em curto demorado silêncio

furto de cores e farto de nada

o lado da fada mascarada o namorado

um incêndio um frio um trio de quatro

sem pernas e ternas muletas

só ternos rasgados

internados soterrados no inferno da vida

na frente ártica láctica adormecida

para além muito além do escuro

um furo no buraco da imensidão do ser

sem sorte o forte desarmado

sem pontos tontos tantas vidas

idas e vindas lindas além

patriártica e prática

a tempestade num pingo só
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