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Poesias-->Menino de Rua -- 03/05/2000 - 11:01 (Di Carvalho) |
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Minha mãe,
Por não ter responsabilidade,
Mesmo com pouca idade,
Quis que eu viesse a nascer,
Meu pai,
Pessoa inconseqüente,
Maltratava muito a gente,
E um dia, Fugindo da despesa,
Sem a menor nobreza,
Me abandonou à sorte.
Cresci menino de rua,
Vendo a verdade nua e crua,
Daquilo que não queria ser,
Mas era sem saber.
Vendia balas nas esquinas,
Com muita vontade de vencer,
Já sofri com o descaso,
De pessoas de vida boa,
Que não sabem que até garoa,
No frio faz osso doer.
Por vezes passei por ladrão,
Mas não tinha sequer o pão,
Para matar minha fome.
Hoje já menino-homem
Ainda encaro "essa parada"
No meio da multidão,
Tratam-me como resto,
Dizendo que eu não presto.
Por tentar ganhar meu pão. |
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