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Poesias-->TIETÊ -- 21/02/2002 - 11:45 (Palmerom Carvalho de Sousa) |
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TIETÊ
Palmerom
Medo.
Eu também tenho medo.
Medo quando vejo um clarão
De relâmpago no horizonte.
No verde de minhas marginais
Hoje vejo o negro do asfalto...
Duro, sem vida, imóvel...
Acho que não preciso mais de chuvas.
Meu nome era lindo, adorado.
Minhas águas trans parentes, deslizantes.
Minhas vidas correntes, quase infinitas.
Meus vales de selvas
Não eram de pedras.
Seus cheiros eram aromas
Exalando poesia em cada estação.
Reverenciavam e adoravam cada gota de chuva.
Hoje choro a minha dor
Ea de meus atônitos e indefessos filhos.
Minhas lágrimas são torrentes, redemoinhos.;
São sem propósito, sem rumo, sem voz.;
São as lágrimas de minhas lágrimas!... |
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