Me permita dizer dessa distância a minha saudade.;
Me permita acomodar a cabeça no dorso do teu colo aquecido. E ouça o que eu digo.
Ouça outra vez a minha voz,o meu sentido.
Por favor,não tente ir embora.
Ouça o que eu digo.
Até podes dizer que sou eu quem não entendo.;
Até podes dizer que ignoro os fatos ocorridos. E que vivo inssistindo num jeito absurdo de amar, nascer ou morrer.
Talvez até não haja mais perdão para os meus desacertos. Contudo, não posso deixar de dizer que tudo foi diferente. Dessa vez a dor brotou no meu peito. Como um fogo que queima sem direção, acompanhado de um certo aperto.
Ouça-me!
Estou no teu vício e não tenho como negar.
A tua boca...
Esse teus cabelos viçosos de ternura, esse teu olhar radiante a me convidar...
Me permita mudar o curso dessa hora, com o ósculo nu, molhado em puro pecado, cujo corpo não tem como desaprovar.