Com que fulgor no coração
subiste cada lance de escada
pude ouvir tua escalada receosa
sob tua voz e escondi-me
esquivando-me do teu olhar
e da luz divina.
Meu coração é perfeito.
- Soaram três vezes os sinos
ao sol que, da sexta casa
ocidental, vinte e sete dias
do mês de agosto, profetizava:
“Subjetivo, Gizé serás.”
Já do outro lado da Terra
arrastando o arado, a terra
sulcando a buscar nas fendas
por ele escavadas
água, água.
Sidarta, Cristo, Maomé?
Assim falava...
O teu coração aceso
e a respiração audível.
Vens. Não venhas pelo caminho
que atravessa as sete portas por que passei.
Esses degraus jamais terão fim.
Temo teus olhos, que
a luz da janela banha meu rosto e
houveram as farpas
de arame em torno dos campos
e a lâmina
de quem não me quis.
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