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Poesias-->VIDAS QUERIDAS -- 18/02/2002 - 13:08 (João C. de Vasconcelos) |
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VIDAS QUERIDAS
Perdoe-me mãe querida,
Se por ti algo deixei de fazer,
Por mim arriscaste tua vida,
Perdão se não te merecer.
Quantas vezes te vi chorando
E nunca pude compreender,
Hoje mãe, estou passando,
Por tudo que te fez sofrer.
Por tudo que aqui passaste,
Só tu poderias me dizer,
Porém nunca me falaste,
O sofrimento do teu viver.
Talvez quisesse desabafar,
Mas nunca tinhas com quem,
Só te restaste chorar,
Por não contar com ninguém.
Mãe, a vida de ti não teve dó,
Como foi dura tua missão,
Com tanta gente, viveste só,
Como foi triste tua solidão.
Hoje, sou tua única herdeira,
Passo por tudo que aqui passou,
Sinto-me também uma prisioneira,
De tudo que a vida nos reservou.
Ainda com tão pouca idade,
Cheia de tanta esperança,
Nunca tive a felicidade,
Que deveria ter uma criança.
Criança que fiz adulta,
Pois a vida assim me fez,
Foi como tirar da planta uma fruta
E amadurecê-la de uma vez.
Jamais tive uma infância,
Pois a vida não me deixou,
Tudo que dei importância,
O próprio tempo levou.
O tempo que se escoou,
Nos dias de minha vida,
Tudo que me restou,
Foi experiência sofrida.
Hoje sei, mãe querida,
O preço da felicidade,
Ninguém engana a vida,
Fugindo da responsabilidade.
Sei que tenho que mereço,
Preciso cumprir o determinado,
Terei um dia maior apreço,
Quando o dever for encerrado
João C. de Vasconcelos
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