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Poesias-->BALADA PARA SÃO LUÍS -- 20/12/1999 - 20:40 (Maria Vilma Muniz Veras) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Lá está a velha praça.

Lá está a criança brincando,

o mundo parece de paz.

Cheia de graça,

a velha praça,

com chuva vespertina

nas pedras de Cantareira.

E lá vem o bonde

dançando nos trilhos,

uma miragem



Pisando paralelepídedos soam meus pés

dispostos a uma boa caminhada.

O coração quer rever tudo,

sentir o passado bem de perto,

dos Afogados aos Remédios,

do Passeio ao Carmo,

da Cruz à Alegria.



Corre um sopro itinerante,

tranqüilo que só,

todo gozo,

nas sacadas e parapeitos.

Vento deslocador de nuvens,

brisa de sal,

brinca com as ondas

e bebe nas águas do Anil.



A cidade definida,

contorno de casario,

morada-inteiras,meias-moradas

e uma fileira de portas-e-janelas

abraçadas na rua do Sol,

eiras faceiras,

negras beiras,

se retorcendo nas ladeiras.



Telhados promíscuos cobrem o perfil

primoroso e arcaico,

rosto azulejado d além mar,

adorno de cores tão nossas

e de eternos valores.

Real é o porte de São Luís

na rotina secular.



Ah, limosas raízes, aqui estás,

como um anjo em moldura,

mas escondes uma porção de demônios.

Fonte, com que palavras poderei te saudar?

- "Das minhas pedras brotam lendas,"

ela murmura.

Peço então às águas do Ribeirão

que me conte dos subterrâneos veios

por entre Igrejas e sobrados tombados.

Fala, ó Fonte, dos seres cativos

que nas tuas bicas

vinham lavar roupas

e afogar mágoas.



"Carpinteiro de meu pai

não me cortes o cabelo,

minha mãe me penteou..."

Escuto a voz distante

na casa simples da rua das Hortas.

Deixa aflita a menina

de longas madeixas douradas.

Ela sobe na doce caramboleira,

um ser vivente, um pouco gente,

consolo do meu quintal.



"Aqui estão as holandesinhas

para alegrar esta festinha..."

cantavam as meninas do 1ºano primário,

batendo as tamancas.

E o coro das ginasianas em lindo cenário amazônico

"Sou Tupã, sou Tupã,

sou Tabajara nessa terra de Tupã..."

Todos os caminhos me levam ao Santa Tereza.

Por ti, principalmente, redimo meu degredo.

Montanha não havia,

mas um lindo horizonte

na terra das palmeiras

onde canta o sabiá.



Entre palmeiras reais

e sabiás imaginários

encontro a poesia.

Estro perene,

imortal Canção.

Ali no centro da praça a imagem

do maranhense ilustre.

Mar revolto, ao longe,

derradeiro Exílio.





Lusa e sorridente tarde,

minha avozinha encantada,

Vem a noite

bem brasileira

com sons ludovicences

de Bumba-Meu-Boi e Tambores

e outros ruídos mais.

É a capital do Maranhão

semi-despertando no tempo.





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