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Poesias-->pá de coisas -- 09/02/2002 - 23:34 (maria da graça ferraz) |
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pá" de coisas
mdagraça ferraz
Escrevo com as
duas mãos...
Cavo. Cavuco.
Cutuco. Escavo.
Cada vez mais fundo
como uma escrava com
"pá" gasta de muitas coisas
E vou crescendo
uma cova funda
onde me enterro
Um dia, vou acabar
abrindo um buraco no papel
e saindo do outro lado-
no céu dos signos- onde
já não sou mais
Neste dia, tu
sacodes a alva folha,
para ver se algo
de mim cai...
Talvez, uma calcinha-
tipo de letrinha íntima-
irreconhecida...da
lingerie presumida
da alma doce
Ó Senhor - eu te tateio
Estás tão tangível!
E a enxada detém-se
no ar assustada
E a "pá" de coisas
dizem amém
E as mãos também
E o quê de mim, idem
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