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Poesias-->Fim, Bendito, Sem Fim -- 07/02/2002 - 03:01 (Marcelo Spolora) |
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Fecho os olhos e lhe vejo,
abro-os e nos teus me vejo.
Mordo levemente os lábios ... não são meus,
são os teus que também não se mordem
face a presença dos meus.
Lábios que se tocam e quase que de lugar trocam.
Esfolam-se percorrendo o corpo que por eles,
percorridos percorrem.
Arrancam de meu ouvido o ar
e quase que me asfixiando
param, para novamente meus lábios procurar
levando-me o ar.
Mãos cujos dedos entrelaçam-se,
são as mesmas que nos seguram,
acariciam,
apertam,
no desespero do prazer nos empurram,
mas ao mesmo tempo,
mais que depressa nos puxam.
Nem mesmo as pernas repousam.
Contorcem-se num sobe e desce,
misturam-se
encaixando-se
roçando-se num bale de contorcionismo
onde não sabemos mais qual é de quem.
Libido ou libído,
pouco importa a pronuncia
no momento em que se vive a experiência de
se estar “........” colorido.
Corpos molhados pelo suor do calor de noite fria,
agora mais ainda pelo jato
que dizem ser onde tudo finda.
Ponho a prova tal dito
e vivencio que engana-se
o autor maldito.
Se este persistir na veracidade do dito,
há meses vivo este fim
que bendito não finda.
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