Ainda lembro muito bem, quando você vendia jornal sob a sombra das mangueira, com aquele uniforme laranja e azul do liberal.
Podia-se lêr em sua face nativa, a alegria jovial que fecundava nos olhos muitos Ypirangas.
E o futuro das certezas o mais incerto era não saber o que vinha na vida real.
Seja na Escadinha.;
Na Praça Batista Campos.;
Na Castilho Fraça.;
Na praça do Relogio, no Ver-o-Peso ou
No teminal. Lá estava você, humilde. O orgulho Nacional.
Fatídico foram os dias que seguiram-te a perseguir o anormal. Sob uma má influência das amizades, aqui,acolá, alí...
E logo,tu menino começastes a desandar. E o seu lindo sonho manchar.
A violência urbana desacompanhada da família o fez amiúde visitar a cela, até enfim, já adulto, por seus erros foi definitivamente encarcerado.
Cumpre pena pelo passado que até hoje no presente parece não entender.
Agora herda dos fatos, o sofrimento que redime os brutos, que cura os humildes, liberta os fracos e que latente ainda faz sofrer o pai, a mãe, os avós, eu e você. |