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| Poesias-->Caixa de Vazios -- 04/02/2002 - 10:37 (José Ernesto Kappel) |
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Olhando de lado
a gente percebe.
Olhando de frente,
também.
Não olhando, você,
de permeio, sente mais
ainda e se repete.
É porque de fora
virou prá dentro.
Que posso fazer
que tudo se embutiu?
Como se fosse tudo bem
empacotado.
Vida de dois
sós.Pó com emenda
de vazios.
Chegadas e partidas
me dominam sem chegar.
Estação dos vazios?
Quem me parte?
Aquele que me olha?
Me pegaram - na minha hora -
e misturaram tudo dentro
do nada.
Na caixa vazia restou
eu e a escuridão.
Breu tem nome,
meu nome é dos escuros
tempos que foram
navegar
pro além dos nadas,
e onde só servem pão!
Então virei caixa de
chutar - sem ao
menos ser de vidro,
sem ao mesnos poder
fazer um pedido.
Ah! se eu pudesse,
eu largaria minha voz
meio atroz,
e soltaria a angústia:
-Me tirem desta caixa
de vazios, sem sol e em
lua.
Sem você,
sem lembranças
de seus abraços,
de um quentura atroz!
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