Noite escura e meio vazia, dá-me alento em teu colo quieto, pois que a cabeça está sem rumo e os absurdos são bizarros.
Não consigo fechar os olhos.; nem ouvir o meu lamento, apenas o peito cerrado em desespero parece enlouquecer, enquanto a alma em pranto de dor não cessa de gritar, deixando ficar na garganta àquele fel amargo. Àquele poema...
Devaneio ilusório da fatídica vida, que tomou-me do berço normal e mudou o sentido.
Estou nu, arrependido neste Sul.
Ah! noite escura! Preciso dormir e não acho sono.;
Preciso amar e não vejo como, pois que me veio aos braços não posso apascentar. É o lobo da vida, que às ruas deu guarida e agora, diante de mim, passivo senhor, diz querer agasalhar-se do frio. Mas que no peito vadio,há tempos acostumou.
Não permitas ó Deus, que o brado dessa efêmera e perversa visão me vergue. A pesar de ser homem e quase sempre titubear nesse vão.
É o fim dos meus princípios pecados e o início de uma série, em páginas de expressão anônima, marcante no contexto marginal.
Ainda que não cale meus olhos, tão pouco o peito, talvez consiga ao alvorecer, quem sabe, ver o sol em meio tom.; quem sabe, então, não seja a única saída do fundo desse óbice latente. |