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Poesias-->Napoleão em Santa Helena (para André F.) -- 24/04/2000 - 12:57 (Lúcio Emílio do Espírito Santo Júnior) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos


Ele estava no ponto de táxi.

Não tinha dinheiro para tomar um deles.

Andou até a praça,

Sentou-se num banco perto da fonte luminosa

Um adolescente assentou ao seu lado.

Movia-se lentamente, sem dizer uma só palavra.

Ele observou o rapaz com as mangas compridas

Acender um cigarro:

“Serei eu o anão, o zé-ninguém?

O ser de Nenhures, de Xangri-lá?”

Reparou nas longas baforadas que o garoto soltava,

Em seus gestos silenciosos e distantes...

Aí o garoto falou:

“Somos uma geração sem laços ou profundezas,

Somos as Crianças do Milagre obrigadas a viver pior que nossos pais.

Uma geração de riso agourento,

Sem verdadeira felicidade,

Sem pátria

Sem adeus.

Nós somos cruéis conosco e contudo,

Não precisamos de amor, de felicidade, de paz,

Nossa lua é atroz, nosso sol é amargo.

Não temos fronteiras, fomos atravessados por um pontiagudo milênio.

Estamos na fronteira, queremos voltar atrás,

Quem sabe para os úteros das nossas mães.

Mas fomos drogados e prostituídos por esse Grande-Puta-Mundo,

Agora viciamos.

As seringas que usamos não são descartáveis.”





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