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Poesias-->clareia -- 29/01/2002 - 00:38 (maria da graça ferraz) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Clareia...

mdagraça ferraz



A noite vestiu

a toga de juiz.

A lua é calva

fronte que se

alarga para o alto

e me interroga.

Sou a testemunha

muda! Não. Nada

sei e nada falo.

A noite acusa:

Jura dizer a

verdade?

De repente, a luz

da manhã clareia

o rosto e golpeia

com mãos de luz

Constato que

viver é se absolver

O corpo é balança

que não se contém...

É como barco torto

no mar revolto,

mantendo o prumo

de um móvel lume

E o sol como um

martelo fulge

e paira no ar

com fulvo clarão:

sem bater sim

sem bater não



















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