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Poesias-->meu canto -- 29/01/2002 - 00:24 (maria da graça ferraz) |
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Meu canto
mdagraça ferraz
Queres roubar meu canto?
Sou sabiá laranjeira...
Vivo nas alturas,
sobre o arvoredo de
flores brancas, de alvuras
virginais, sem medo.
Tu pias.; Eu-pio
Sou bandolim de lua
e vocalista da dor infinita
que lavra a terra dura
Uma nota musical perdida
Pedacinho de astro solto
da angélica partitura
Tu pias.; Eu- utopia
Não podes roubar meu canto
Trazes em tua garganta
ventos estranhos e ferozes-
tribuna de tristes vozes
de luxúria.Gritas a agonia
da queda.Reproduzes
o baque sobre as pedras
Tu, cio .; Eu- cicio
Não podes impedir meu canto
Nem roubá-lo ou proibi-lo.
Há em ti um rugido duro
de guizos e amarguras
O som da cripta frígida,
do desespero, das desditas,
de carnes geladas proscritas
Tu, ninho .; Eu- aninho
Gritas como um desesperado,
mas não cantas...És áspero
como os grilhões arrastados
pelos infelizes condenados...
Só os cegos e escravos
te louvam e te escutam
porque vivem próximo ao
chão árido e escuro
Eu pio .; Tu pioras
Portanto é inútil deter
este meu canto.Mesmo que
me mates,ele irá sobreviver
Meu corpinho é o violino
que sonoriza os caminhos
e quando ruflo asas e trino,
sou o mistério divino
Tu sabias? Não. Nem
saberias ou saberás.
Só eu - sabiá!
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