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 | Poesias-->RECONSIDERANDO -- 28/01/2002 - 20:58 (Lílian Maial) |  |  |  |  |  |
 | De alguma tocaia de versos, 
 A vaga lembrança de vida.
 
 Sinais de sobreviventes,
 
 Pistas nos caminhos dispersos
 
 E um cantar de pássaros e borboletas
 
 (não que borboletas cantem, mas...).
 
 
 
 Era tarde e quieto antes
 
 Que esse teu sol me raiasse.
 
 Era outono e folhas flutuavam
 
 sem querer cair,
 
 em sua sabedoria vegetal,
 
 como adivinhando a inversão
 
 nas minhas estações.
 
 
 
 Bem-vinda dor!
 
 Que tu me morras,
 
 Se nesses braços tenho algum alento!
 
 Que me mates, se é teu contentamento!
 
 Gosto de pensar que me velarias,
 
 Que me enfeitarias e cobririas de flores e beijos
 
 E que me irias dizer cânticos e salmos,
 
 Como a embalar-me no berço.
 
 
 
 Agora que despertei de teus sonhos,
 
 Amamenta-me de teu sorriso,
 
 Que cheguei faminta de rimas.
 
 Quero um gole de teus dias,
 
 A paz de tua irrequieta alegria
 
 E a falta desses teus tão poucos dias.
 
 
 
 Enquanto subtraio-te as dúvidas,
 
 Calcule meu passado, noves fora, hoje,
 
 Que aqui e agora sou recém-nato,
 
 Completamente dependente,
 
 E livre do teu recato.
 
 
 
 Ortodoxa incrédula,
 
 Sou a cédula que te mal paga,
 
 A célula que te mal vinga,
 
 A santa que te maldiz,
 
 E a cria da tua agonia.
 
 
 
 Lílian Maial
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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