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Poesias-->Ser e não ser -- 28/01/2002 - 12:01 (CARLOS MÉRO) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Que eu não tenha a inocência das tilápias,

pois que não me quero perder-me

pela sedução dos engodos.



Que eu não tenha a malícia das cascavéis,

pois que não me quero temido

pelo rastejar nas tocaias.



Que eu não tenha a graça dos símios,

pois que não me quero enxergado

pela diversão dos trejeitos.



Que eu não tenha a tolerância dos asnos,

pois que não me quero montado

pelas cangalhas dos prepotentes.



Que eu não tenha o fingimento dos gatos,

pois que não me quero amado

pela hipocrisia da conveniência.



Que eu não tenha a ferocidade dos touros,

pois que não me quero sangrado

pela disparada da insensatez



Mas que eu tenha a mansidão vigilante dos beija- flores,

a esperteza preservadora dos corvos,

a sociabilidade altaneira dos papagaios,

a solidariedade desassombrada dos castores,

a afetuosidade fidedigna dos cães,

a valentia desbravadora das formigas.



E que sendo assim,

pois que assim há de ser,

far-me-ei homem sem renegar a minha animalidade,

permanecerei bicho, enfim,

sem que a desrazão me castre a humanidade.



Maceió, 22.01.2002





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