FLOR
Flor linda e tão querida,
Que a natureza, assim te faz,
Entretanto, tiramo-lhes a vida,
Em nome do amor e da paz.
Dar-te-emos de presente,
Para quem nós amamos,
Só não somos consciente,
Que a ti, nós matamos.
Flor de vida ceifada,
De forma trágica e brutal,
Fostes simplesmente cortada,
Num só golpe triste e fatal,
És linda na natureza,
Nesse ambiente puro e natural,
Não poderás ter beleza,
Quando não tens a seiva vital.
Tuas dores são silenciosas,
Não a ouvimos nunca chorar,
Como doe, flor mimosa!
Vê-la rapidamente murchar.
João C. de Vasconcelos
|