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| Poesias-->PAI -- 21/01/2002 - 11:57 (João C. de Vasconcelos) |
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PAI
Saudade estou sentindo,
Do convívio ao seu lado,
Ainda lhe vejo sorrindo,
Naquele sofá sentado.
Parece que estou ouvindo,
Aquelas estórias contar,
Era sempre no domingo,
Quando eu ia lhe visitar.
Lembro-me quando dizia,
Com jeito tão comovido,
Que sua maior alegria,
Era ver os filhos unidos.
Era tudo que mais queria,
Disse isso com muita calma,
E a Deus muito agradecia,
Do fundo de sua alma.
Com o passar do tempo,
É que pude entender,
O que parecia um lamento,
Foi previsão do seu ser.
Tudo isso é inesquecível,
Não deixo de recordar,
Gostaria se fosse possível,
O passado poder mudar.
Hoje não posso mais lhe ver,
Pois daqui está ausente,
Mas uma coisa posso dizer,
Nunca esteve tão presente.
Ter vivido na sua convivência,
Foi a melhor forma de aprender,
Pois não há maior sapiência,
Que na maneira simples de seu viver.
A bondade eterniza o ser,
Eleva-o ao patamar da verdade,
Deixa o ciclo de nascer e morrer,
Para viver na imortalidade.
Felicidade no seu eterno viver,
Na sua infinda caminhada,
Espero um dia poder saber,
Onde fica a sua real morada.
João C. de Vasconcelos
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