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Poesias-->colérica -- 20/01/2002 - 22:28 (maria da graça ferraz) |
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Colérica
mdagraça ferraz
Hoje, estou colérica!
Colérica de absurdos...
De estapafúrdios,colérica!
Virei-me lado do meu
cubo - outro lado do
rosto, mostro! Lado
que também gosto...
E minha poesia vai
ser assim: colérica!
Hoje, não quero ler
versos sobre lebres
lépidas ou faunos a
beber em água tépida
ou nuvens em forma
de carneirinhos ligeiros
Pois, peguem estes
seus coelhos, corsas,
animais galhados e chifrudos
e saiam pela porta
dos meus fundos...
E que a lua prateada
caia sobre suas cabeças
como uma enxada...
E que as flores róseas
sejam carnívoras e te
devorem e que o passarinho
dengoso vire víbora...
Hoje, estou colérica
Urge rugir e eu rujo
e me obturo e me cuspo
Cansei desta pureza
de superfícies...Desta
tola parvoíce...Desta
preguiça de sentir!
Destas tantas babaquices...
Desejo a pureza profunda
em que mãos afundam
e meu amor se aventura-
cego, louco, estúpido!
Quero a pureza da pedra
bruta , da rocha dura...
A pureza que me machuca
e rói a medula dos meus ossos
A pureza que os assusta!
Rá Rá Rá Pois hoje estou
colérica - Dou choque!
Por favor, não me toque!
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