Eu me expresso como sei
e olho as mãos, olho o corpo
observo ângulos e interiores.
Eu me expresso e me divido
assumo uma postura que não sei
se é de um poeta ou de um
indivíduo alheio à tudo.
Me queimo, viro incenso, subo pelo ar,
um homem em busca de um dia ser eterno.
Eu me expresso como alguém que ainda
não sabe, não vê o final do túnel.
Cada parte de si se reveza
em dimensôes múltiplas e complexas,
como um forasteiro em seu
próprio mundo.
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