Enquanto existir o tempo inenarrando os fatos e eu sempre a dizer, estupefato de miudezas sentimentais, sobre tudo que invade o meu momento - este que eu não posso delatar-me ... talvez o passo que conduz ou que finda encerrando no precipício os tantos ponteiros decepados do meu relógio cronológico, seja mero tempo.
Tempo de lograr o ar que tantos logram na iniciativa, apenas, de usufruir dos míseros milímetros de oxigênio que me restavam para, num impulso oral, mandar-te embora. Vá afora e não sobrecarregue o meu mundo, o relógio que badalava minhas emoções na entrelinha do vir a ser, foi-se pela história e pelo cansaço atirado ao esquecimento... Não labora mais. Assim como este campanário obsoleto que insiste em tanger dentro do meu peito chamando tanto, apesar de tantas tristezas, só o seu nome.
Ainda o tempo... Tanto tempo para viver convivendo com sua lembrança.